Outubro começou e com ele também começou a contagem regressiva para o fim da temporada brasileira e, consequentemente, a reta final do principal campeonato do país, o Brasileirão. Restando apenas dois meses para o fim do Campeonato Brasileiro, as brigas por título, competições internacionais e rebaixamento começam a se definir de maneira mais clara. No fim da 25ª rodada, esta é a classificação do campeonato:
Nesse momento, como ficou claro na imagem acima, a briga pelo título está entre Flamengo, Santos e Palmeiras. Agora vamos destrinchar cada uma das brigas do campeonato para você saber no que deve prestar atenção até o fim da disputa.
BRIGA PELO TÍTULO
Como falamos anteriormente, três times brigam diretamente pelo título do Brasileirão 2019. São eles: Flamengo, Palmeiras e Santos. O líder, com oito pontos de vantagem sobre o segundo é o Flamengo, com 58 pontos. Logo em seguida vem o Palmeiras, com 50 pontos e na cola dele está o Santos, com 48. Na teoria, todos ainda brigam pelo título, já que ainda restam 14 jogos, quase um turno inteiro. Porém, na prática, essa briga se restringe a apenas três times, excluindo o atual quarto colocado, Corinthians. Isso se dá especificamente por causa do nível de futebol apresentado pela equipe alvinegra da capital paulista em comparação com seus concorrentes diretos.
Na liderança está a estrelada equipe do Flamengo, que é comandada pelo técnico português Jorge Jesus. Dono do futebol mais vistoso dentre os times brasileiros em 2019, o rubro-negro carioca ainda luta em duas frentes (está também na semifinal da Libertadores) e isso pode acabar atrapalhando um pouco a caminhada deles no campeonato nacional, por questão de desgaste físico e lesões, mas os comandados de Jesus estão num nível que, mesmo com possíveis problemas, ainda assim conseguem se impor sobre os adversários.
Palmeiras e Santos estão, pelo menos, um degrau abaixo do Flamengo e também demonstram um futebol de nível parecido. No Palmeiras, após a troca de técnico (saiu Felipão e veio Mano Menezes), as coisas parecem ter voltado aos trilhos e eles estão de volta na briga pelo título, mesmo com alguns tropeços. Já o Santos do chileno Jorge Sampaoli conta com um elenco com poucos nomes badalados, mas com um futebol de qualidade, que mesmo oscilando dentro do campeonato, a equipe não se distanciou do topo.
Fechando o G4, está o Corinthians vive uma instabilidade dentro e fora de campo. Dentro das quatro linhas, o time oscila mais do que os adversários e isso causa muita irritação na torcida, que já há algumas rodadas vem reclamando muito do técnico Fábio Carille por causa das más atuações da equipe.
BRIGA POR LIBERTADORES E SUL-AMERICANA
Esse bloco do campeonato, além de ser dividido pelas duas competições, também podemos traçar uma linha para dividir as equipes no quesito qualidade de futebol apresentado. Na briga pela Libertadores, além dos três times da briga pelo título, podemos colocar também o já citado Corinthians, como também Internacional, Bahia, São Paulo e Grêmio (esse último também está na disputa da Libertadores 2019, contra o Flamengo).
Inter e São Paulo fizeram investimentos e montaram times fortes para o campeonato e, como era esperado, estão na briga por uma vaga na Libertadores 2020. A surpresa aqui fica por conta do Bahia, já que não é comum ver um time nordestino brigar no topo da tabela. O tricolor baiano tem Roger Machado no comando e um futebol efetivo dentro de casa como trunfo. Além disso, ainda consegue alguns pontos fora de casa, o que estabiliza os baianos na briga pela competição continental.
Grêmio e Athlético Paranaense são duas exceções desse bloco. O primeiro já vem frequentando essa faixa da tabela há alguns anos, ainda mais quando Renato Portaluppi assumiu o comando da equipe. Já os paranaenses, hoje em 10º no campeonato, já estão com a vaga na Libertadores do ano que vem assegurada, por terem sido campeões da Copa do Brasil.
Já a briga pela Sul-Americana se acaba se misturando com a briga contra o Rebaixamento. Times como Atlético-MG, Goiás, Botafogo e Vasco são os principais candidatos a ficarem com as vagas da Sula, que hoje vai até o 13ª colocado. Se Flamengo ou Grêmio se sagrar campeão da Libertadores, o 14º colocado (que hoje é o Fluminense) entra na Sula.
O REBAIXAMENTO
A briga contra o rebaixamento hoje, por futebol jogado e também pela classificação, começa no 11º colocado, o Atlético-MG, e vai diretamente até o Cruzeiro, que é o 18º. Todos os times nessa faixa da tabela estão jogando um futebol de nível mais baixo e tendem a continuar nessa briga contra o descenso.
Logo em seguida, estão duas equipes catarinenses. Avaí e Chapecoense são, de longe e ao lado do CSA, as piores equipes do campeonato, mas entre si há certa separação. O alagoano CSA vem conseguindo pontuar aos poucos e briga um pouco mais acima no campeonato. O Avaí é o 19º e demonstrou certa reação nos últimos jogos, sob o comando de Alberto Valentim, enquanto a Chapecoense não consegue se estabilizar e ruma a passos largos para a Série B, no que seria seu primeiro rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A bronca para o Avaí é que Valentim recebeu proposta e vai assumir a equipe do Botafogo e agora, com novo técnico, não se sabe se a reação da equipe vai continuar ou se o time vai entrar em colapso.
O destaque na briga contra o rebaixamento fica por conta de dois times que normalmente não frequentam essa faixa da classificação: Cruzeiro e Fluminense. Os mineiros podem ser considerados, de longe, o time mais instável do campeonato, com problemas dentro e fora de campo. Dentro de campo a equipe vive uma crise técnica, que vem desde a época que Mano Menezes comandava a equipe, onde mesmo com bons jogadores, o time não rendia e não demonstrava um futebol minimamente produtivo. Desde então, Rogério Ceni já comandou a equipe e também não deu certo. Hoje, o responsável por salvar o Cruzeiro da queda é Abel Braga. Já fora de campo, o Cruzeiro está inserido no meio de uma crise política e financeira, onde diretores do cube se envolveram em polêmicas relacionadas a dinheiro e direitos de atletas. Não está nada fácil para o Cruzeiro esse ano!
Já no lado do Fluminense, os problemas são uma crise técnica no elenco, além de problemas administrativos e financeiros. Dentro de campo o time não rende. Nem com Fernando Diniz, nem com Oswaldo de Oliveira, que já comandaram a equipe e também já foram demitidos. Oswaldo que foi um dos protagonistas de uma das cenas mais lamentáveis dos últimos tempos no futebol brasileiro, quando ele substituiu o meia Paulo Henrique Ganso na partida contra o Santos, no Maracanã. Por não gostar da troca, o jogador saiu xingando o treinador, que devolveu na mesma moeda. Pouco tempo depois o técnico foi demitido. O Fluminense, além desses problemas dentro de campo, vive uma crise financeira, que dificultou muito a montagem do elenco e que faz a equipe conviver com salários atrasados durante toda a temporada.
Resumindo: Cruzeiro e Fluminense estão seguindo aquela clássica receita de “time grande quando cai”. Vamos esperar os próximos capítulos destas novelas.
E este é o nosso resumo sobre a situação atual do Campeonato Brasileiro da primeira divisão. Nos próximos dias estaremos postando o resumo sobre a segunda divisão. Fiquem ligados no nosso blog!