A competição de futebol mais antiga entre seleções que ainda está sendo disputada se aproxima de mais uma edição. Acontecendo pela quinta vez no Brasil, a Copa América entrará na 46ª edição, mas quatro anos depois de quando realmente aconteceria. Isso se explica pelo fato de que o Brasil seria sede da Copa América na 44ª edição, em 2015, mas devido à sequência de eventos esportivos que aconteceu no país na década – Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas de Verão (2016) –, o Brasil trocou de edição com o Chile, que sediaria em 2019. Além destas edições já citadas, a 45ª foi uma edição especial, comemorativa de 100 anos da competição e foi realizada nos Estados Unidos. O Chile, que até então não tinha nenhum título, foi bicampeão nessas edições e vem para o Brasil em busca do tri.

Na história da competição, o Uruguai é o maior campeão, com 15 títulos. Logo em seguida vem a Argentina com 14. O Brasil é o terceiro com oito títulos. Em seguida estão Chile, Paraguai e Peru, com dois títulos cada. A Bolívia e a Colômbia têm apenas um título, enquanto Equador e Venezuela nunca foram campeões da competição.

O Uruguai é o maior campeão da Copa América, mas não vence um título da competição desde 2011.

Edição atual

Como já foi dito, a Copa América no Brasil é 46ª edição e a quinta no país. A competição contará com 12 equipes, sendo as 10 filiadas à Conmebol (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) e duas convidadas (Japão e Qatar). Cinco cidades foram escolhidas para sediar a competição. São elas: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador. Cada uma delas terá um estádio, com exceção de São Paulo, que terá dois. Os estádios são:

Maracanã (Rio)
Morumbi (São Paulo)
Arena Corinthians (São Paulo)
Mineirão (Belo Horizonte)
Arena do Grêmio (Porto Alegre)
Arena Fonte Nova (Salvador)

A competição

A abertura da Copa América 2019 será no dia 14 de junho, às 21h30 no Morumbi com o confronto entre os donos da casa, o Brasil, contra a Bolívia. A fase de grupos vai até o dia 24 de junho, quando conheceremos os últimos classificados para as quartas de final.

Os vencedores das quartas passam para a semifinal e aí, os vencedores passam pra final e os perdedores vão para a disputa do terceiro lugar. A grande final desta edição da Copa América será no Maracanã, no dia 07 de julho às 17h.

O Maracanã será o palco da decisão da Copa América 2019.

Os Grupos

As seleções estão divididas em três grupos de quatro times cada. Os primeiros e segundos colocados se classificam para as quartas de final, junto dos dois melhores terceiros colocados. Vamos analisar grupo por grupo.

GRUPO A: Brasil, Peru, Venezuela e Bolívia.

No Grupo A, o Brasil é o cabeça de chave por ser o país-sede. Bolívia, Venezuela e Peru completam o primeiro grupo. Obviamente o Brasil, mesmo sem contar com o atacante Neymar que se lesionou e está fora da competição, é o favorito dentre estas quatro seleções. A tendência é que Peru e Bolívia briguem pelo segundo lugar no grupo e a Venezuela corra por fora.

BRASIL
A seleção Brasileira chega com favorita para a conquista da Copa América. Mesmo com a ausência do atacante Neymar, a seleção canarinha conta com o apoio da torcida e com um time recheado de bons jogadores e, discutivelmente, o elenco mais talentoso da competição. No comando, o técnico Tite vem sofrendo várias críticas de torcedores e jornalistas por algumas escolhas bem questionáveis, tanto em convocações como também dentro dos jogos. Mesmo assim, o Brasil é favorito ao título, dada a qualidade de seus jogadores e também o apoio da torcida, que será fundamental na campanha brasileira.

Neymar se machucou no amistoso contra o Qatar e não vai defender o Brasil na Copa América.

PERU
A seleção peruana vem ao Brasil para, no papel, lutar pela classificação como segundo colocado no grupo dos anfitriões. Liderados pelo centroavante Paolo Guerrero, o Peru tem um time bem entrosado e bem treinado pelo argentino Ricardo Gareca (que está no comando da equipe desde 2015), que manteve a base do elenco que disputou a Copa do Mundo de 2018.

VENEZUELA
Num período de crescente evolução técnica, a Venezuela vem para a Copa América para brigar com o Peru pelo segundo lugar no Grupo A. Sob a liderança do atacante do Newcastle-ING Salomón Rondón, a equipe venezuelana, comandada pelo técnico Rafael Dudamel, conta com um elenco recheado de jogadores que jogam em outros países, visto que apenas 2 dos 23 jogadores convocados jogam na Venezuela. Essa experiência no elenco, atrelada ao bom momento vivido pela seleção em si são os trunfos venezuelanos para tentar se classificar para as quartas de final.

BOLÍVIA
A Bolívia entra nesta edição da Copa América no “grupo dos azarões”. Contando com um elenco sem muitas estrelas, o técnico Eduardo Villegas tem apenas o experiente atacante Marcelo Moreno como referência técnica. Ao contrário da seleção venezuelana, na Bolívia apenas Moreno joga fora do país. Todos os outros 22 jogadores atuam em times bolivianos.

GRUPO B: Argentina, Colômbia, Paraguai e Qatar.

O Grupo B pode ser considerado o grupo da morte. A Argentina foi cabeça de chave e no sorteio caíram Colômbia, Paraguai e Qatar como adversários na primeira fase. Ainda assim, os hermanos são favoritos no grupo, mas paraguaios e colombianos tem poderio para bater de frente com os argentinos e batalharem pelo primeiro lugar no grupo. O Qatar, no papel, é o pior time do grupo e tende a ser o quarto colocado, salvo alguma surpresa.

ARGENTINA
Os hermanos chegam para esta Copa América enfrentando um longo jejum de títulos com a seleção principal, que dura desde 1993. Nesse intervalo, vários vice-campeonatos foram “conquistados”, mas nunca um título. Para se ter ideia, de 2014 pra cá, a Argentina foi vice-campeã da Copa do Mundo (2014 para a Alemanha) e duas vezes vice da Copa América (2015 e 2016, para o Chile). Na atual edição do torneio continental, os argentinos contam com Lionel Messi numa temporada espetacular (carregou o Barcelona nas costas o ano todo) liderando a equipe, que terá também os retornos de Agüero e Dí Maria, dois jogadores que não vinham sendo convocados desde a Copa da Rússia, em 2018. No banco, mais uma novidade: Lionel Scaloni, que anteriormente era auxiliar de Jorge Sampaoli, assumiu o comando técnico da equipe e esta será sua primeira competição como técnico da Argentina.

Será que Messi conseguirá levar a Argentina ao título da Copa América 2019?

COLÔMBIA
Se os argentinos estão com técnico novo nesta Copa América, a Colômbia vai na mesma linha. A diferença é que José Pekerman ficou no comando da seleção colombiana entre 2012 e 2018. Nesse intervalo de tempo, comandou a equipe em duas Copas do Mundo e duas Copas América. Agora, sob o comando do português Carlos Queiroz, os cafeteros (como a seleção colombiana é chamada) tentam quebrar o estigma de ter uma boa geração de jogadores, mas que nunca conquistou nada. James Rodríguez, Juan Cuadrado e até Falcão García (este mais experiente que os outros) são os principais nomes que tentarão levar para a Colômbia uma conquista que marque a geração deles como vitoriosa e não apenas como talentosa.

PARAGUAI
A seleção paraguaia passa por um momento de reconstrução. Após ficar de fora da Copa do Mundo de 2018 e com maus resultados recentes, o Paraguai conta com um novo técnico: o argentino Eduardo Berizzo está há cerca de 4 meses no comando do time e tenta trazer de volta para os paraguaios o espírito brigador que a seleção tinha antes. Para isso, ele chegou até a negar um amistoso contra o Brasil (que acabou jogando e goleando Honduras por 7-0), para não atrapalhar a preparação da equipe para a Copa América, onde eles tentarão repetir feitos recentes, quando foi finalista em 2011 e chegou na semifinal em 2015.

QATAR
O Qatar é um dos convidados para esta edição da Copa América e chega para a competição num momento de evolução no futebol do time. Sede da próxima Copa do Mundo, o Qatar atraiu investimentos no futebol que resultaram numa conquista inédita: o título da Copa da Ásia em janeiro deste ano, com sete vitórias em sete jogos. No comando técnico está o catalão Félix Sánchez, que anteriormente era técnico das equipes de base do Qatar e desde 2014 comanda a seleção principal. Nesta edição da Copa América, o Qatar caiu no considerado grupo da morte e, mesmo num bom momento, será uma surpresa se a equipe conseguir passar de fase.

GRUPO C: Uruguai, Chile, Equador e Japão.

O Grupo C não fica pra trás no quesito de equilíbrio. O cabeça de chave é o Uruguai, que terá como adversários Equador, Japão e Chile. É um grupo que tem um claro favorito, que é o Uruguai, mas as outras três equipes são de nível parecido (com o Chile mais na frente dos demais) e podem incomodar os comandados de Óscar Tabárez.

URUGUAI
Os Uruguaios são um dos favoritos ao título desta Copa América. Chegam para a competição ainda sob o comando o Maestro Óscar Tabárez que, aos 72 anos, caminha para sua sexta Copa América no comando da seleção uruguaia. O time em si vive num misto de renovação e manutenção da base já estabilizada. 17 jogadores que foram para a Copa do Mundo na Rússia também estão no Brasil para o torneio continental. Dentro de campo, destaque para a dupla de ataque, formada por Suárez e Cavani, e também para a dupla de defesa que tem em Giménez e Godin a segurança necessária para tentar repetir o feito de 2011, quando foram campeões da competição.

CHILE
Da mesma forma que os uruguaios, os chilenos também estão passando por um princípio de renovação no elenco. A diferença é que os jogadores experientes do Chile são mais velhos que os uruguaios, o que leva a crer que esta Copa América ou a próxima Copa do Mundo (em 2022) será a última competição da geração de Alexis Sánchez (30) e Arturo Vidal (32). Esse processo de renovação já foi iniciado pelo técnico colombiano Reinaldo Rueda e, mesmo mantendo a base da atual geração (considerada a maior da história chilena), uma ausência já pôde ser sentida: o experiente goleiro Claudio Bravo, capitão do bicampeonato chileno na Copa América (2015 e 2016) não é convocado desde a última rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 e também não foi chamado para esta edição da Copa América.

Alexis Sánchez e Arturo Vidal são os principais nomes do Chile na competição.

EQUADOR
A seleção equatoriana começou as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 liderando na América do Sul, na frente de times como Brasil, Argentina e Uruguai. Porém, oscilou durante a caminhada e sequer se classificou para a Copa. Após a decepção, trouxe de volta o técnico Hernán Darío Gómez, que comandou o Panamá na Rússia em 2018 e que foi o técnico que classificou o Equador pela primeira vez para a Copa do Mundo, em 2002. Dentro de campo, os equatorianos contam com a experiência do lateral-direito Antonio Valencia, de 33 anos. No grupo, o Equador vai brigar diretamente com o Chile pelo segundo lugar para se classificar, mas ao mesmo tempo pode também acabar passando de fase como um dos dois melhores terceiros colocados.

JAPÃO
A equipe japonesa chega nesta edição da Copa América como convidada e usará a competição como preparação para a Olimpíada de Tóquio, no ano que vem. Isso justifica o fato de que 17 dos 23 convocados são da seleção olímpica e nunca sequer foram utilizados na seleção principal e, dos veteranos, apenas dois estiveram na equipe que disputou a Copa da Ásia, em janeiro. A tendência é que os japoneses fiquem em quarto no grupo C, salvo alguma surpresa.

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